Rio de Janeiro, 9/8/16 - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, visitou nesta segunda-feira (8) o Arquivo Nacional, órgão integrante da pasta. O Arquivo tem a missão de implementar e acompanhar a política nacional de arquivos, por meio da gestão, recolhimento, tratamento técnico, preservação e difusão do patrimônio documental do Poder Executivo Federal. Acompanhado diretor-geral do Arquivo Nacional, José Ricardo Marques, Moraes conheceu parte das dependências, instaladas no Centro do Rio de Janeiro, num dos mais belos e conservados prédios em estilo neoclássico do Brasil.

Construído no século XIX para abrigar a Casa da Moeda, o conjunto arquitetônico de quatro edifícios dispostos em torno de um pátio central foi tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938, antes mesmo de passar às mãos do AN em 1983, sendo totalmente restaurado e reinaugurado em 2002.

Moraes deve retornar ao Arquivo para visitar as salas onde trabalham os servidores e conhecer documentos históricos raros.

Sobre o Arquivo nacional

Criado em 1838, reúne grande parte da memória da administração pública brasileira e da história do nosso país, da Colônia à República, em cerca de 65 quilômetros de documentos textuais, 13 mil registros audiovisuais, 10 mil gravações sonoras, 70 mil folhas de mapas, e mais de 1,5 milhão registros iconográficos - como fotografias, negativos e caricaturas, entre vários outros itens.

Nos últimos anos, a instituição recebeu importantes acervos relativos ao período conhecido como “anos de chumbo”. Para a divulgação desses documentos e de outros mantidos em vários estados do País, foi criado o Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) – Memórias Reveladas, coordenado pelo AN, com cerca de 400 mil registros já disponíveis em seus bancos de dados. Além disso, no último ano, foi recolhida a documentação da recém-extinta Comissão Nacional da Verdade, que buscou apurar as violações de direitos humanos ocorridas nesse período e em regimes de exceção anteriores.

Atualmente, o Arquivo Nacional prepara-se para recolher, tratar e dar acesso aos acervos em suporte digital recebidos recentemente, e àqueles programados para chegar à instituição ainda neste ano, como o da Autoridade Pública Olímpica, após o fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

 Ministro Alexandre de Moraes (direita) e diretor-geral do Arquivo Nacional, José Ricardo Marques