Brasília, 15/12/17 - Foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Pontos Focais da Plataforma da Interpol sobre recuperação de ativos nos dias 13 e 14 de dezembro, em Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos. O evento foi organizado pela StAR-Interpol em parceria com a Polícia de Abu Dhabi. Além do Brasil, participaram do evento representantes de Bangladesh, Bélgica, Camboja, Camarões, Quênia, Reino Unido, Ucrânia, Uganda e Zâmbia.

O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e a Polícia Federal são os pontos focais brasileiros na rede de cooperação internacional da StAR-Interpol. 

De acordo com o coordenador-geral de Recuperação de Ativos, Isalino Antonio Giacomet Júnior, iniciativas como essa são fundamentais para o desenvolvimento de investigações de crimes financeiros, de corrupção e de lavagem de dinheiro. “A cooperação jurídica internacional e a recuperação de ativos são aprimoradas, em especial nos casos que envolvem remessas de bens e valores para jurisdições estrangeiras e a necessidade de recuperação desses ativos, assuntos em que o Brasil tem sido referência em sua forma coordenada de atuação”, disse Giacomet.

Durante os trabalhos foram abordados aspectos técnicos relacionados à plataforma para troca de informações sobre ativos entre autoridades dos países membros da Interpol, capacitação e treinamento, silver notice e mecanismos para identificação e localização de bens oriundos de práticas ilícitas. 

A plataforma de pontos focais de recuperação de ativos foi lançada com o objetivo de fornecer meio seguro de auxílio operacional nos processos investigativos de crimes. A Rede StAR/Interpol consiste em uma base de dados de operadores do direito que se encontram dis­poníveis 24 horas por dia, sete dias por semana, para responder aos pedidos urgentes de auxílio quando a ausência imediata de ação possa causar sérios danos à investigação do rastreamento de ativos. A plataforma também tem como meta desenvolver informações sobre conduta criminal relacionadas às ofensas prescritas na Convenção das Nações Unidas contra à Corrup­ção, com o propósito de recuperar ativos por meio de uma rede global de contatos.