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Brasil e Chile discutem memórias da ditadura e transição democrática

por publicado: 22/10/2013 19h13 última modificação: 24/02/2014 11h13

Marcados por regimes de exceção que duraram décadas, Brasil e Chile se unem, nesta semana, em Santiago, para discutir o período ditatorial que cada uma das nações viveu. A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça representará o País na capital chilena, de 24 a 26 de outubro, durante o seminário 'Memória, Justiça, Verdade e Cultura nas Transições Democráticas'.

O encontro faz parte do programa 'Diálogos Transandinos', que é realizado anualmente pelo Museu da Memória e Direitos Humanos de Santiago. Haverá também um festival de filmes brasileiros, do projeto Marcas da Memória, que tratam do tema da ditadura no Brasil. O Ministério da Justiça será representado pela diretora da Comissão de Anistia, Amarílis Busch Tavares, e Cristiano Paixão, membro da comissão.

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"Por ocasião dos 40 anos do Golpe de Estado no Chile, este seminário focará no intercambio de experiências derivadas dos mútuos processos de transição e a influência que os eventos traumáticos da repressão nos dois países deixaram para a cultura. A discussão é ainda mais oportuna pelo fato de, no ano que vem, alcançarmos os 50 anos da ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985", lembra Amarílis.

Além da Comissão de Anistia, ajudaram a organizar o seminário no Chile o Núcleo de Preservação da Memória Política e o Memorial da Resistência, de São Paulo (SP), que também levarão representantes ao país andino.

MEMORIAL DA ANISTIA - Além do seminário e do festival de filmes sobre o período de ditadura, o Ministério da Justiça apresentará, em Santiago, o projeto do Memorial Nacional da Anistia, espaço de preservação e resgate da memória do regime militar (1964-1985), que deverá ser inaugurado em Belo Horizonte em 2014. A montagem está sob a coordenação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"Ainda em fase de implantação, ao projetar este Memorial, o MJ busca preservar a memória da repressão política no Brasil, desde 1946 até os primeiros anos da redemocratização", define Amarílis, acrescentando que os trabalhos de organização, planejamento, produção de videografia e multimídia estão em andamento. O custo do Memorial anunciado no ano passado é aproximadamente R$ 24 milhões.

"Com acervo único, o Memorial foi concebido e projetado para tornar disponíveis à consulta pública 64 mil projetos submetidos à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, além de documentos, fotografias, músicas, filmes, jornais, revistas, ilustrações, textos e depoimentos", acrescentou a diretora da Comissão, que é presidida pelo secretário nacional de Justiça do MJ, Paulo Abrão.

Por Allan de Carvalho

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