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Técnica milenar da marmorização é ensinada no Arquivo Nacional

por publicado: 16/10/2018 10h30 última modificação: 16/10/2018 10h49
Acredita-se que a técnica de marmorização em papéis tenha surgido na China do século III.

Brasília, 16/10/18 - No laboratório da sala da Preservação da Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal (COREG) é que a mágica acontece. A técnica milenar da marmorização em papéis foi ensinada neste ambiente para uma seleta turma de aprendizes. O treinamento teve duração de dois dias e aconteceu na primeira semana de outubro. O servidor da casa, Antônio Edson, transmitiu os conhecimentos da marmorização em uma capacitação promovida pela instituição. Edson utiliza a técnica há mais de 30 anos em papéis, livros, caixas, acondicionamentos, tecidos e onde mais a imaginação permitir. “É uma técnica muito divertida e os padrões podem ser reproduzidos várias vezes” relata o servidor que consegue a proeza de fazer o papel marmorizado em série.

Com o uso de ferramentas com agulhas, as aprendizes se divertiram e aprenderam a técnica. “Foi uma experiência incrível, pela beleza artística da atividade desenvolvida, pela oportunidade que consideramos uma terapia e a possibilidade de estarmos interagindo em grupo, produzindo e desenvolvendo conhecimentos práticos” relataram as servidoras Maria Patrícia e Vilma Braz, que participaram da capacitação.

Papel marmorizado - O papel marmorizado é obtido através de um processo de coloração decorrente de uma reação química entre duas substância incompatíveis entre si. A técnica consiste em verter tintas a óleo ou a água, espalhando-as sobre uma solução colante, de modo que as cores permaneçam na superfície sem se mesclar nem dispersar. O papel que em seguida é deitado na superfície, absorve lentamente as cores produzindo o efeito desejado.

Acredita-se que tenha surgido na China do século III. No início tinha uma função puramente decorativa da caligrafia. Sucessivamente foi empregado na encadernação, para revestir estojos de joias, baús, na confecção de leques, etc. No século XVIII as cartas marmorizadas tornam-se uma arte reconhecida na França e na Itália. Posteriormente foi utilizado nas encadernações e em adornos de livros.