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Nota sobre o suposto massacre de índios isolados no Vale do Javari

por publicado: 11/09/2017 13h16 última modificação: 11/09/2017 14h55
O Ministério Público Federal de Tabatinga (Amazonas) está investigando desde agosto, em conjunto com a Policia Federal, o suposto ataque contra povos indígenas

Brasília, 11/9/17 – A pedido da Funai, o Ministério Público Federal de Tabatinga (Amazonas) está investigando desde agosto, em conjunto com a Policia Federal, um suposto ataque contra povos indígenas isolados que habitam a região do rio Jandiatuba, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas.

A área sob investigação fica nas proximidades dos rios Jandiatuba e Jutaí, próxima à fronteira com o Peru, a cerca de 1.000 km de Manaus. A denúncia surgiu depois que alguns garimpeiros foram vistos no município de São Paulo de Olivença, no oeste do Amazonas, falando sobre o ataque. Servidores da Funai fizeram o primeiro levantamento e entenderam ser necessário apresentar a denúncia.

Os garimpeiros foram presos e conduzidos a Tabatinga para prestarem depoimento, cumprindo mandado de busca e apreensão. Eles não confirmaram as mortes e, até o presente momento, nenhuma prova material foi encontrada que comprove o suposto massacre, não sendo possível, portanto, confirmar a veracidade das mortes.

No final do mês de agosto foi deflagrada uma operação de combate ao garimpo ilegal na mesma região, que resultou na destruição de quatro dragas e na aplicação de multa de mais de R$ 1 milhão para seis garimpeiros por crime ambiental. A ação foi realizada com o apoio do Ibama e do Exército, no município de São Paulo de Olivença.

Em nota, o MPF afirmou que "investiga o garimpo ilegal no rio Jandiatuba e que a instituição vem recebendo denúncias da Funai e dos próprios moradores, por conta da violência que o garimpo gera, da prostituição infantil, das ameaças e até de homicídios".

Apesar das dificuldades enfrentadas para chegar ao local (12 horas de barco nesse período de seca), a Funai está empenhando todos os esforços para apoiar o Ministério Público e a Polícia Federal na investigação.


ASCOM com informações da CGIIRC/Funai


 

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