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Pesquisa faz diagnóstico do tráfico de pessoas na mídia brasileira

publicado: 11/04/2014 20h16 última modificação: 14/04/2014 12h38
Secretaria Nacional de Justiça do MJ, ONG e UNODC lançam cartilha para ajudar jornalistas na cobertura do tema

Por Sinval Duarte

Brasília, 11/4/14 – A organização não governamental Repórter Brasil, em parceria com a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ/MJ) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), lança, nesta sexta-feira (11), às 10h, em São Paulo, dois estudos sobre como a imprensa brasileira noticia oTráfico de Pessoas no país.

Leia também: Tráfico de pessoas na mídia não pode ficar restrito a aspectos criminais

 O primeiro estudo, denominado de Tráfico de pessoas na imprensa brasileira, afirma que as pessoas vítimas desse tipo de crime, considerado como uma das maiores violações de direitos humanos, são aliciadas com a promessa de uma vida melhor, e que homens, mulheres, crianças, adolescentes e transexuais são aliciados por redes criminosas. Essas redes representam o terceiro maior comércio ilegal e lucrativo do mundo, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e armas.

 Neste sentido, o Brasil, que é considerado um dos maiores países de destino e origem de vítimas desse tipo de violação, tem se empenhado para prevenir e combater esse crime. Desde 2006, quando o governo federal lançou a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, em 2008 e o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, em 2013, inúmeros avanços referentes às políticas públicas e da legislação referente ao tema foram conquistados nos últimos anos.

 O fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido pode ser percebido pelo crescente interesse da sociedade brasileira em conhecer e entender os fatos relacionados ao tráfico humano.

 

Enfoque dos jornais

Para compreender melhor o trabalho desenvolvido, a pesquisa Tráfico de pessoas na imprensa brasileira, traz um parecer sobre a cobertura dos principais jornais impressos do país sobre o assunto, sendo eles: Correio Braziliense, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo e Valor Econômico.

 A pesquisa, que foi realizada entre janeiro de 2006 e julho de 2013, analisa e mapeia ainda a presença do tema no noticiário brasileiro, bem como os profissionais de imprensa abordam o assunto em seus trabalhos.

  Já o segundo estudo, batizado como Guia para jornalistas com referências e informações sobre enfrentamento ao tráfico de pessoas, tem a finalidade de contribuir e ajudar os jornalistas na cobertura do tema.

 O resultado das duas publicações mostra que o assunto ainda recebe pouca atenção dos meios de comunicação do país. As pesquisas apontam ainda outro dado revelador: a de que o tema é pautado basicamente pela agenda governamental e pela atuação policial.

 Há ainda outros dados preocupantes, como a superficialidade dos textos, haja vista que grande parte do conteúdo escrito não é contextualizada. Desta forma, um número importante de veiculações não cita fontes, não aponta circunstancia e não menciona políticas públicas, bem como não trata de forma abrangente a legislação a respeito do tema tráfico de pessoas.

 O documento tem ainda como objetivo contribuir para o aperfeiçoamento do trabalho dos profissionais de comunicação, bem como aprimorar os diferentes agentes que exercem a tarefa de tirar o tráfico de pessoas da invisibilidade.

 As jornalistas Raiana Ribeiro e Fernanda Sucupira foram as responsáveis pelo trabalho de pesquisa. Já a edição ficou por conta de Leonardo Sakamoto, Daniel Santini e Igor Ojeda. A diagramação é de Gustavo Monteiro.

  

Serviço

O lançamento das publicações será nesta sexta-feira, 11 de abril, às 10h, 
no auditório da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, localizada no Pátio do Colégio, 184, centro de São Paulo (SP).

A entrada é gratuita e a organização do evento é da ONG Repórter Brasil.

 

 

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