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Polícias Civis prendem 4.053 pessoas durante Operação Midas no combate a roubo e latrocínio em todo o país

por publicado: 28/09/2018 12h00 última modificação: 28/09/2018 16h20
Ação conjunta em parceria com o Ministério da Segurança Pública reuniu mais de 13 mil policiais em todo o país


Ministro Raul Jungmann fala sobre a Operação Midas, no CICCN, em Brasília Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília, 28/09/2018 - Nesta quarta-feira (26) e quinta-feira (27), em ação integrada organizada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) em parceria com o Ministério da Segurança Pública, foi deflagrada a Operação Midas. Os números finais foram consolidados nesta manhã (28). 13.294 policiais civis de todas as regiões do Brasil participaram das ações, que visam combater os crimes de roubo e latrocínio.

Ao longo dos dois dias em que ocorreu a Operação Midas, 3.649 pessoas foram presas e 404 adolescentes foram apreendidos, totalizando 4.053 pessoas presas/apreendidas.

Dentre os presos, foram contabilizados:
- 1.047 presos por mandado referente a roubo
- 32 presos por mandado referente a latrocínio
- 1.778 presos por mandado referente a outros crimes
- 792 presos em flagrante por delitos como posse/porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas, entre outros.

Com relação aos adolescentes apreendidos, 104 apreensões foram durante cumprimento de mandado por roubo, 22 apreensões por cumprimento de mandado referente a latrocínio, 123 apreensões por mandado relativo a outros crimes e 155 apreensões em flagrante.

Durante o período da operação, 217 armas de fogo foram apreendidas, 177 veículos recuperados, além de apreensão de 2.232 quilos de maconha, 88 quilos de cocaína, 11 quilos de crack e 33.495 unidades de ecstasy.

Dentre as ações realizadas, destaca-se que no estado do Piauí houve a prisão de receptadores e apreensão de centenas de celulares Iphone com indícios de roubo e furto. No estado de Goiás, mais de 33 mil pontos ou comprimidos de ecstasy, avaliados inicialmente em 800 mil reais, foram apreendidos. Já no Rio Grande do Sul foram cumpridos mandados e efetuadas prisões referentes a uma organização criminosa suspeita de autoria de roubo a estabelecimento bancário com emprego de explosivos e disparos de arma de fogo, fato ocorrido em 05 de julho de 2018 na cidade de Canguçu.

Midas é terceira operação realizada a partir de uma parceria com as polícias estaduais e coordenada pelo Ministério da Segurança, no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Ela foi realizada simultaneamente pelas Polícias Civis de 25 estados e do Distrito Federal. O único estado que não participou da Operação Midas foi o Amazonas, devido a algumas dificuldades operacionais decorrentes de uma mudança que está ocorrendo em um cargo de chefia na área de segurança pública.

O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, durante entrevista realizada na manhã do dia 26, quando foram divulgados os primeiros dados parciais da operação, informou que as operações têm sido lançadas de forma simultânea em todo o país para demonstrar a coordenação com as polícias estaduais e os ganhos dessa coordenação. Entre as justificativas da operação, ele aponta a de que o dinheiro roubado, principalmente de carros-fortes e de caixas eletrônicos, acaba sendo usado por facções para a prática de outros crimes, como tráfico de drogas, contrabando e até mesmo financiamento de campanhas políticas.

“O roubo a caixas eletrônicos têm acontecido em quantidade de milhares ao ano. Nossos setores de Inteligência informam que ele serve de capital de giro para as facções, para o financiamento de outras atividades, como tráfico de drogas, contrabando, descaminho e tantas outras operações que são promovidas pelo crime organizado”, explicou o ministro.

Sistema Único e Política Nacional

Jungmann também defendeu que o combate ao latrocínio ajuda a reduzir o número de homicídios e informou que, em 22 de outubro, as metas da Política Nacional de Segurança Pública serão referendadas durante reunião do Conselho Nacional do Susp. “O Brasil está assumindo e propondo aos estados uma redução de 3,5% ao ano, dos homicídios. Como os homicídios vinham crescendo 4%, se conseguirmos uma redução, até 2019, de 3,5, teremos reduzido em 7,5% esses crimes”, argumentou.

"Com a operação, nossa meta é tirar de circulação as pessoas que causam sensação de insegurança muito grande à população", afirmou o Presidente do Concpc e Chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Emerson Wendt. Ele idealizou a operação e acompanhou o trabalho das equipes dos estados e DF a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), unidade gerida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Segurança Pública (Senasp/MSP) e criada para gerenciamento e suporte de grandes ações em todo o país.

 

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