Rio de Janeiro, 6/9/16 - Para garantir a segurança dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, que acontecem de 7 a 18 de setembro, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (SESGE/MJC), montou operação semelhante à que foi realizada com sucesso durante os Jogos Olímpicos, que aconteceram de 5 a 21 e agosto, no Rio de Janeiro. 

Coordenada a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) conjuntamente com os Setoriais das regiões Maracanã, Barra, Copacabana e Deodoro, e com o CICC Nacional, em Brasília, a operação integrada visa a garantir a tranquilidade de atletas, delegações, chefes de Estado e espectadores durante os dias de disputa paralímpica. 

Profissionais das forças de segurança pública e defesa civil, entre instituições federais, estaduais e municipais de segurança pública, defesa e inteligência serão empregadas. Esses órgãos vão realizar o monitoramento de imagens oriundas da estrutura do governo Estadual, da Prefeitura, das concessionárias (barcas, trem, metrô), rodovias, viaturas policiais e também dos Aeróstatos de Monitoramento Persistente de Grandes Áreas (balão de monitoramento) e dos sistemas de imageamento aéreo instalados em aeronaves. A integração existente entre as diferentes forças de segurança, considerada pelo governo o maior legado dos Jogos Olímpicos, permanece atuando no período do Jogos Paralímpicos, contando também com o apoio do Centro Integrado Antiterrorismo (CIANT) e do Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI). 

“A operação ainda não acabou, vamos manter o nível de alerta e cuidado semelhante ao período olímpico. Redimensionamos o emprego das forças de segurança para adequar ao evento, mas continuamos contando com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal e Rodoviária Federal, do Exército, das Guardas Municipal, além do Corpo de Bombeiros Militar e das Polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro”, completou o Diretor de Operações da SESGE/MJ e Coordenador do CICCR, Cristiano Sampaio. 

Vila Paralímpica
Delegações de 162 países ocupam desde a última quarta-feira (31/8) as instalações da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca. Até o final dos Jogos, cerca de 4,3 mil atletas paralímpicos ficarão hospedados no local. Muitos dos 3 mil oficiais de delegações e árbitros também ficarão na Vila no período dos Jogos. Com a chegada dos competidores e das equipes de apoio, a operação de segurança retornou ao status operacional pleno, que permanecerá até a desocupação dos apartamentos.

Somente para a segurança da Vila dos Atletas são empregados simultaneamente a cada turno de trabalho 110 policiais da Força Nacional, totalizando mais de 300 homens por dia no período operacional. A área de 200 mil metros quadrados é monitorada a partir do Centro Integrado de Segurança da Instalação (CISI) da Vila Paralímpica por 183 câmeras que captam imagens dos controles de acesso de pessoas, veículos, áreas comuns, das garagens e recepções dos prédios.

Como há grande fluxo de acesso de pessoas com deficiência em razão da chegada das delegações à Vila e da rotina de treinamentos, a operação do Mag & Bag é mais complexa e exige maior sensibilidade por parte do efetivo da Força Nacional e dos voluntários da Rio 2016. Por outro lado, os policiais destacam que os atletas paralímpicos são extremamente disciplinados e facilitam a checagem ao acessarem a Vila. 

O treinador da equipe de ciclismo paralímpico da Eslovênia Aleksej Dolinsek, que chegou no Rio de Janeiro no início de setembro, afirmou que não houve nenhum problema com os atletas no acesso à Vila. Ele disse que se sente muito seguro e que provavelmente após a competição a equipe deverá conhecer alguns pontos turísticos da cidade. 

A Vila dos Atletas tem capacidade para receber até 18 mil pessoas em 3,6 mil apartamentos. Os 31 prédios têm unidades adaptadas para pessoas com deficiência ou pouca mobilidade. As portas são mais largas, os chuveiros são mais altos, os corredores mais amplos e os elevadores têm espaço para duas cadeiras de rodas ao mesmo tempo. Há também espaço para receber cãesguia utilizados por atletas com deficiência visual, academia, refeitório e uma policlínica médica. Mais de 9 mil profissionais e voluntários trabalham na Vila durante os Jogos Paralímpicos.

Foto: Juliano Tabajara (Sesge/MJ)

Boulevard Olímpico

A cultura também terá destaque durante a Paralimpíada. Estão previstas 1.200 atividades com cerca de 100 eventos por dia a partir desta quarta-feira (7) até o dia 18 de setembro. O Boulevard Olímpico da Região Portuária, no Centro, vai concentrar boa parte dessas atrações, com shows, atividades esportivas e culturais, além da Casa Brasil e da Pira Paralímpica. A previsão é de que até 80 mil pessoas por dia passem pelo local.

A programação de shows conta com apresentação de escola de samba com grandes nomes do gênero, como Pretinho da Serrinha, que se apresentarão no palco Encontros, localizado na Praça Mauá. Para garantir a segurança dos visitantes de um dos locais de maior sucesso durante os Jogos Olímpicos um efetivo de mais de 500 profissionais de segurança, defesa civil e transito e ordenamento, além de câmeras de monitoramento para monitoramento interligadas com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) estarão na região.

O patrulhamento do Boulevard irá contar com homens das polícias Federal e Militar, da Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e agentes da segurança privada do Porto Maravilha. As câmeras de segurança estão instaladas até em barcos patrulhando a orla. O local conta ainda com apoio dos profissionais do projeto Centro Presente, com profissionais circulando em trios ou duplas, a pé, de bicicleta, viatura ou de moto pela região. O Centro Integrado de Comando e Controle Móvel também estará em funcionamento no Boulevard Olímpico, com profissionais das forças de segurança. O monitoramento será feito ao longo dos três quilômetros, desde a Gamboa até a Praça 15.

Da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos 
Fotos: Divulgação