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Secretaria Nacional do Consumidor alerta sobre uso de repelentes ao aedes aegypti

por publicado: 16/12/2016 09h00 última modificação: 16/12/2016 13h48
É importante eliminar o foco do mosquito, que se reproduz facilmente em reservatórios de água no verão. Para proteção pessoal recomenda-se o uso de repelentes para a pele e em ambientes

Brasília, 16/12/16 – O Governo Federal desenvolve uma campanha de mobilização nacional para combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. É importante eliminar o foco do mosquito, que se reproduz facilmente em reservatórios de água no verão. Outra alternativa para proteção pessoal é o uso de repelentes para a pele, em ambientes e ainda os inseticidas.

Esse uso, no entanto, requer alguns cuidados, definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para proteger a saúde. Com o objetivo de esclarecer a população sobre essa alternativa, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Cidadania (Senacon/MJC) preparou um boletim que ajuda na escolha dos produtos para a proteção da saúde do usuário e ainda eficaz no afastamento do inseto.

Segundo a Coordenação de Saúde e Segurança do Consumidor da Senacon, é importante optar por repelentes que possuam registros na Anvisa e seguir os cuidados e precauções descritos nos rótulos dos produtos.

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Entre os métodos que afastam o aedes aegypti estão mosquiteiros, telas e aparelhos eletrônicos com o uso de líquidos e pastilhas. Existem ainda os cremes repelentes de insetos que, aplicados sobre a pele, evitam a aproximação do mosquito. O DEET, comercialmente conhecido como Off, Autan, Repelex, é uma das substâncias considerada eficaz.

A Anvisa não vê restrições quanto ao uso de repelentes por mulheres grávidas, desde que estejam devidamente registrados na Agência e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Entretanto, repelentes à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Essas informações a respeito do uso correto ou de não indicação, tanto pelas grávidas quanto pelas crianças, devem ser ostensivas no rótulo dos produtos, em respeito ao Código de Defesa do Consumidor e seu direito básico a informação sobre os riscos envolvidos.

Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa até o momento.

Os repelentes utilizados em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser aplicados em qualquer ambiente da casa desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas. Para saber se o aparelho pode ficar ligado o dia todo, consulte as instruções de uso na embalagem.

As restrições de uso estão descritas na rotulagem, mas para todos os produtos inseticidas, destacamos algumas regras gerais:

-  Pessoas ou animais domésticos não devem permanecer no local durante a aplicação;

-  Após o tempo de ação do produto, o ambiente deve ser ventilado antes da entrada de pessoas ou animais.

É importante ressaltar que todos os produtos registrados na Anvisa tiveram sua eficácia comprovada para ação em mosquitos da espécie Aedes aegypti. A consulta de cosméticos e saneantes repelentes regularizados pode ser feita pelo telefone 0800-642-9782 ou pelos links: 

https://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_cosmetico.asp  

https://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_saneante.asp

O uso de cosméticos ou pulseiras com repelentes não garante proteção total contra o mosquito da Aedes aegypti. São apenas uma forma adicional de tentar evitar as doenças transmitidas pelo mosquito. Mas, para que tenham eficácia comprovada e sejam seguros (não causem irritação ou outros problemas mais sérios na pele), esses produtos devem ser registrados na Anvisa. Tanto as pulseiras quanto os repelentes para a pele são registrados como cosméticos. 

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que todo produto ou serviço deve conter informações claras e precisas sobre suas características, qualidade, composição, garantia e sobre os riscos que apresentem aos consumidores. O Código ainda proíbe a comercialização de um produto em desacordo com normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes.

É importante ressaltar que a melhor forma de se evitar os mosquitos ainda é combater os focos de acúmulo de água.