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Segurança e concessionárias públicas atuam em comportamentos suspeitos

por publicado: 24/06/2016 14h21 última modificação: 24/06/2016 14h21
Ao encontrar uma mochila abandonada na plataforma de metrô era comum levar o objeto até o setor de achados e perdidos. Hoje, itens como esse podem conter explosivos

Brasília, 24/06/16 - Capacitar profissionais das concessionárias de serviços e transportes públicos para identificar comportamentos suspeitos. Esse é o objetivo da parceria que vem sendo conduzida entre as forças responsáveis pela segurança dos Jogos Rio 2016 e essas empresas. Nesse sentido, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (Sesge/MJC) desenvolve um projeto de capacitação, baseado nas melhores práticas adotadas no mundo atualmente.

A capacitação começa com uma palestra sobre o tema. Em seguida, os funcionários das concessionárias participantes são cadastrados para fazer o “Curso de Análise, Observação e Detecção de Comportamento Suspeito”, no formato de educação a distância. A partir do cadastro, podem fazer o download de um aplicativo criado pela Sesge/MJC, em parceria com a Polícia Federal, que permite a comunicação imediata de situações que podem representar ameaça à segurança, incluindo até eventuais ameaças terroristas. Até o momento, aproximadamente 500 profissionais foram capacitados como multiplicadores.

“No cenário atual, não se pode mais conceber inteligência de segurança sem a participação da população civil”, afirma o coordenador-geral de inteligência da Sesge/MJC no Rio de Janeiro, Romano Costa. Nesse sentido, alguns comportamentos que até pouco tempo atrás eram considerados normais, hoje merecem uma abordagem diferente. Ao encontrar uma mochila abandonada na plataforma de metrô, por exemplo, era comum a iniciativa de levar o objeto até o setor de achados e perdidos. Atualmente, porém, itens como esse podem conter artefatos explosivos.

Também faz parte da conscientização uma campanha publicitária que está sendo organizada pela Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg/RJ) e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, que pretende levar até o usuário dos serviços públicos informações sobre como agir nessas situações.  “O objetivo é mudar o comportamento do indivíduo, que não se importou com determinados comportamentos até hoje”, explica o 1º tenente da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Daniel Puga.

De acordo com os representantes das concessionárias, o trabalho integrado entre segurança pública e as equipes profissionais das empresas ajuda na prevenção e no aumento do clima de segurança para todos. “Nós trabalhamos muito em cima dos nossos multiplicadores. Hoje em dia, temos uma rede de informações que abrange o Rio de Janeiro todo, através dos nossos colaboradores, do servente, do fiscal, do funcionário que escuta ou observa alguma coisa. Com essa campanha, se muda muita coisa, a pessoas passam a prestar mais atenção”, esclarece Carlos Humberto Torres, Gestor de Segurança do Consórcio Novo Rio e Rio Terminais.

O projeto faz parte das atividades desenvolvidas pela Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (Coesrio2016), fórum que define os parâmetros da atuação integrada das forças de segurança pública e defesa civil para os Jogos Rio 2016. Participam da capacitação as concessionárias Light, SuperVia, Companhia Estadual de Água e Esgotos (Cedae), Ecoponte, VLT Carioca, CCR Barcas, ViaRio Transolímpica, CEG, Linha Amarela S/A, Píer Mauá, Consórcio Novo Rio/Rodoviária Novo Rio, Rio Terminais, BRT, Foz Águas 5, Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais (Coderte) e Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp).

 Preparação

Para receber os Jogos Rio 2016 em um ambiente seguro e pacífico, o governo brasileiro vem realizando uma extensa atividade de preparação, com especial atenção ao enfrentamento ao terrorismo. Dentro desse cenário, a Sesge/MJC desenvolveu um Programa de Observadores, que enviou profissionais de segurança pública de diversas instituições para acompanhar a operação de segurança de eventos de grande relevância no mundo, incluindo a Maratona de Boston (que, em 2013, foi alvo de atentado terrorista), Maratona de Berlim, Jogos Panamericanos de Toronto, Jogos Europeus em Baku (Azerbaijão), Mundial de Atletismo em Beijing (China), Tour de France, Super Bowl, além da Assembleia Geral da ONU, o que permitiu não só colher as melhores práticas no enfrentamento ao terrorismo como também verificar que a preparação brasileira está no mais alto padrão mundial de segurança para grandes eventos.

A cooperação internacional se reflete também na implementação do Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), para o qual foram convidados policiais de todos os países participantes dos Jogos, nos moldes do que ocorreu, com sucesso, na Copa do Mundo de 2014. Além disso, durante os Jogos Rio 2016, estará em operação o Centro Integrado Antiterrorismo (Ciant), que é uma novidade na história dos Jogos Olímpicos. O Ciant será coordenado pela Polícia Federal, onde atuarão policiais especializados no enfrentamento ao terrorismo de países como os Estados Unidos, Canadá, Bélgica, França, Reino Unido, Argentina e Paraguai, além dos brasileiros.

Importante lembrar que o trabalho de enfrentamento ao terrorismo por parte do governo brasileiro não é novo: a Polícia Federal tem, há mais de 20 anos, uma unidade especializada no tema, que é a Divisão Antiterrorismo (DAT), e o Brasil também é membro da Interpol, organização que reúne mais de 190 países e tem papel central no combate ao terrorismo.

Em maio deste ano, foi realizado o Seminário Internacional de Segurança para Grandes Eventos no Rio de Janeiro, ocasião em que especialistas no tema vieram ao Brasil e compartilharam experiências com profissionais de segurança pública de diversas instituições brasileiras. Entre os palestrantes, estavam profissionais que atuaram nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) e também na resposta aos ataques terroristas de Paris, em novembro de 2015.

  

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