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Torquato Jardim defende meio que evite danos às vítimas de fake news

por publicado: 24/05/2018 19h13 última modificação: 24/05/2018 19h14
Titular do Ministério da Justiça lembra que “o dano já está feito” quando informações falsas resultam na perda de voto em pleno ano de eleição

Ministro Fake News

Brasília (24/05/2018) – O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou na tarde desta quinta-feira (24), que as fake news serão o grande tema deste ano eleitoral no Brasil, e só as propaga quem espera obter algum resultado objetivo. Ele defendeu a criação de instrumento de proteção para evitar danos e a necessidade de compensações ao prejudicado por falsidades.  

Jardim fez a declaração em pronunciamento de abertura de debate sobre fake news, que reuniu na capital federal especialistas em comunicação e marketing com o objetivo de avaliar “o impacto das notícias falsas na democracia” – o tema central da discussão.

O evento foi promovido pelo jornal Correio Braziliense, dos Diários Associados, no pressuposto de que as inverdades disseminadas pelas fake news são inimigas da boa imprensa. Para Jardim, propagar falsas notícias tem, em geral, caráter voluntário. Ele disse acreditar que há, muitas vezes, nas notícias falsas, o intuito de “causar dano para criar comoção, influencia e direcionar algum interesse”.

“Quem propaga fake news tem algum resultado à vista. Raramente isso é involuntário. Ninguém manipula informação sem querer gerar consequências, apenas pelo prazer de criar confusão. Verdade e realidade são duas palavras que terão importância daqui para frente", previu Jardim, diante do cenário eleitoral competitivo que se avizinha, para escolha do sucessor do presidente Michel Temer, governadores de estado e bancadas federais da Câmara e Senado.

Torquato Jardim fez um mergulho na história para lembrar que as fake news já estavam presentes nas relações sociais desde a Revolução Francesa, ainda que não existisse a atual nomenclatura para defini-la.

"Isso vem desde o século XIX, quando um capitão judeu foi acusado de trair a pátria. Décadas depois o exército reconheceu o erro mas não se desculpou. É isso que não pode acontecer. É necessário criar alguma maneira para tentar evitar os danos e a necessidade de compensações. Afinal, a compensação para um candidato, em ano de eleição, é a manutenção de seus votos. Se ele perde eleitores, o dano já foi criado e não tem mais jeito", discorreu o ministro.

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