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Convite aceito para reinserção

por publicado: 30/01/2018 16h19 última modificação: 30/01/2018 16h32

Brasília, 30/1/18 - Com três fábricas em Criciúma, inclusive sua sede, a Ufo Way é uma das maiores empresas do ramo de vestuário do país. Emprega 800 pessoas e fornece roupas para grifes nacionais e internacionais. Nesta terça-feira (30), assinou um termo de compromisso com a Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina e com o Ministério da Justiça para montar uma planta industrial dentro da penitenciária feminina inaugurada na cidade. Assim, treinará e dará emprego a dezenas de apenadas. A ação faz parte do projeto Mulheres Livres desenvolvido pelo MJ. A diretora administrativa da companhia, Graziela Moretto, concedeu a seguinte entrevista à Assessoria de Comunicação.

Graziela Moretto

Foto: Isaac Amorim/MJSP

Quantas apenadas atuarão na linha de produção da penitenciária?


Graziela: Não existe um número específico ainda. Existe hoje na penitenciária 120 detentas aptas, em condições de praticar atividades de confecção que a gente está proporcionando para esta unidade. Quarenta já tem condições profissionalizantes para iniciar as atividades. Então a gente tem essas outras 80 para desenvolver e deixá-las capacitadas para a operação.

Por que a empresa de vocês decidiu dar emprego para detentas?


Graziela: Então, a Ufo Way é uma empresa que têm uma via muito forte na questão social. Pelo perfil que a gente apresenta na sociedade, a penitenciária nos convidou a participar e montar essa unidade, ser parceiros deles nessa abertura que está acontecendo hoje. A gente visitou a penitenciária, identificamos o local disponibilizado, entendemos ser adequado para a nossa atividade e a gente está agora caminhando para o desenvolvimento. Toda a montagem, todo o equipamento industrial será feito pela empresa e a gente vai dar o próximo passo que será estruturar todo esse ambiente, toda esta sala que será disponibilizada para que ela se torne uma unidade de costura da nossa indústria.

A empresa tem alguma vantagem em dar emprego para essas mulheres?


Graziela: Nesse momento, nós não vamos ter nenhum benefício tributário ou afins. Mas a gente entende que nós somos uma indústria e que nós temos mais de 800 pessoas com emprego direto e que de alguma forma a gente precisa devolver para a sociedade isso que a sociedade nos proporciona, que é essa mão-de-obra. Então, quando fomos convidados, a gente avaliou todo o projeto, avaliamos as dependências, o local, o perfil das detentas e entendemos que a gente pode sim montar essa unidade de costura, favorecendo o desenvolvimento dessas detentas para a reintegração na sociedade e também atendendo a nossa necessidade, que é a costura. Nós já temos unidades de costura fora do nosso parque industrial, então essa seria mais uma filial.

E o que é que vocês esperam em relação à produtividade a ser oferecida por esta planta específica aqui da penitenciária?

Graziela: Então, a gente sabe que o começo dessa história será bem difícil. A gente já fez cálculos e temos essa noção de que a gente vai precisar dedicar alguns meses de um desenvolvimento realmente de aprendizado, sem qualquer resultado. A gente vai precisar vir para cá, trazer uma profissional nossa para que todas essas meninas sejam desenvolvidas e realmente estejam aptas a ter a qualidade que é exigida pelo nosso padrão de produto. Daí então a gente entende que ela vai se tornar uma unidade importante, produtiva. Mas nesse primeiro momento, a gente sabe que a gente vai precisar fazer um grande investimento, mas estamos pensando no futuro e não no momento.

Qual a característica do negócio em que atua a Ufo Way?


Graziela: Nossa ação é voltada para o segmento “private label”, ou seja, nós não termos marca própria. Nós produzimos grandes marcas do mercado nacional e internacional. Então o nosso cliente, que são os donos dessas marcas, vêm até nossa empresa, fazem o desenvolvimento junto com a nossa equipe. A gente vai entregar esse produto pronto e etiquetado direto para ser comercializado nas lojas.

Vocês têm quantas fábricas?


Graziela: Nós temos a matriz que é o nosso grande parque, com 16 mil metros quadrados e fica no Rio Maina, em Criciúma. E temos uma filial em Sara e uma outra filial em Criciúma --essas duas unidades são só unidades de costura.


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