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Extraditado irlandês procurado por desvio de 30 milhões de euros
Brasília, 1/3/18 - O Brasil extraditou para a Irlanda nesta quarta-feira (28) Michael Lynn, acusado em seu país de utilizar documentos falsos para conseguir empréstimos milionários. Ele fugiu da Irlanda e se escondeu no Brasil, onde vivia com a família na região metropolitana de Recife-PE e trabalhava como professor de inglês. Foi localizado e preso em 2013, para fins de extradição, devido ao alerta da difusão vermelha da Interpol.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu o pedido de extradição apresentado pelo governo Irlandês quanto ao crime de roubo, sendo necessário levar em conta o período em que o extraditando esteve preso no Brasil como parte do cumprimento da pena a que será condenado. Além disso, o extraditando deverá cumprir até 30 anos de prisão, tempo máximo de reclusão permitido conforme a legislação brasileira.
Após o governo irlandês apresentar todos os compromissos, conforme previsto no artigo 96 da Lei de Migração brasileira (Lei 13.445/2017), o Ministério da Justiça autorizou a entrega do extraditando.
Os procedimentos para que o processo acontecesse foram realizados pela Autoridade Central Brasileira, exercida pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, com auxílio da Polícia Federal/Interpol e do Ministério das Relações Exteriores.