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Ligue 132 atendeu 20 mil casos relacionados a drogas em 2015

por publicado: 24/11/2015 16h51 última modificação: 24/11/2015 16h51
A cocaína e seus derivados, como o crack, representaram 39% dos atendimentos realizados até novembro

Brasília, 24/11/2015 -A Central de Atendimento sobre Drogas, o Ligue 132, realizou mais de 20 mil atendimentos em todo o país até novembro de 2015. Destacam-se as chamadas referentes a cocaína e seus derivados, como o crack, que representaram 39% dos atendimentos no ano. Desde 2014, a cocaína é a droga mais questionada no serviço. 

O Ligue 132 é um serviço gratuito e anônimo criado em 2005 para atender pessoas que necessitam de ajuda com problemas relacionados ao uso de cocaína, maconha, álcool e tabaco, entre outras substâncias. É um projeto do Ministério da Justiça por meio do programa Crack, é possível vencer. Em junho, o Ligue 132 completou 10 anos de atendimento à população brasileira. Nesse período, foram realizados mais de 140 mil atendimentos efetivos em todo país.

“No Ligue 132, o indivíduo busca ajuda diferenciada, pois o serviço é personalizado e sem preconceitos, sempre focado na necessidade específica de cada usuário e familiar, como por exemplo, uma mãe que não sabe como buscar ajuda para o seu filho dependente de crack”, relata a coordenadora do Ligue 132, Maristela Ferigolo. 

Além da cocaína, os atendimentos referentes ao uso abusivo do álcool também chamaram atenção, representando 39% dos atendimentos. Para ambos os casos, os atendimentos no Ligue 132 são diferentes e orientados de acordo com a demanda, segundo a coordenadora Maristela Ferigolo.

“O atendimento é direcionado para o indivíduo e específico para cada situação. Se um usuário de álcool procura o serviço para cessar o uso da substância, primeiro nós investigamos o grau de motivação, o contexto e a estrutura familiar para então aconselhá-lo da melhor maneira possível com o objetivo de mudar o comportamento. Essa informação é sigilosa e prestada por profissionais qualificados e especializados em dependência química.”

Além dos consultores que realizam os atendimentos, há os supervisores que são os responsáveis por treinar e orientar os consultores no serviço, bem como apoiar nas chamadas mais difíceis. Cada supervisor possui uma área de especialidade e realiza pesquisas para aprimorar a qualidade do serviço, além de incentivar a participação de estudantes na área da saúde em pesquisas cientificas.

“Casos difíceis são comuns. Por exemplo, várias vezes já auxiliei a conduta de atendimento e a fala do consultor. Recordo-me de uma mãe que ligou uma vez chorando por causa da situação com filho dependente de crack que vendia os pertences de casa para comprar drogas. Esses casos são muito comuns no Ligue 132 e nossa preocupação é justamente ajudá-los”, relata a supervisora de call center Mariana Benchaya.

Os homens foram responsáveis por 60% dos atendimentos no ano, sendo que metade é de usuários de drogas e apenas 7% de familiares. Quando comparados com o sexo feminino, essa relação é inversa, 51% são de familiares, como mães, tias e avós, que buscam ajuda para seus parentes e apenas 23% são usuárias de drogas.

O estado com o maior número de chamadas foi São Paulo (com 2.683 ligações), seguido do Rio Grande do Sul (com 1.668) e Rio de Janeiro (com 1.645). Em relação as cidades, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife foram as quatro cidades com maior número de ligações.

Ministério da Justiça

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