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Operação Rodovida fiscaliza 100 trechos mais perigosos de rodovias

por publicado: 19/12/2013 15h14 última modificação: 21/02/2014 13h17
Em três anos, ação integrada entre ministérios já reduziu em 24,5% a taxa de mortes a cada um milhão de veículos

Brasília, 19/12/13 - O Governo Federal inicia nesta quinta (19) a terceira edição de uma ação integrada com estados e municípios para intensificar a fiscalização e reduzir os acidentes de trânsito no Brasil no período de festas de fim de ano e férias (19 de dezembro a 31 de janeiro de 2014) e de carnaval (21 de fevereiro a 9 de março de 2014). A Operação RodoVida se baseia em um diagnóstico feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que detectou os 100 trechos mais perigosos das rodovias federais como no índice de gravidade das rodovias federais em 2013. Esse índice foi desenvolvido por estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da PRF. A atuação de fiscalização integrada será empregada com a realização de blitz nas vias que servem de acesso a esses trechos.

Confira a lista dos 100 trechos mais perigosos

Confira a apresentação sobre os números da operação

Assista aos vídeos da campanha Parada - Um Pacto pela Vida

Vídeo 1

Vídeo 2 

Vídeo 3 

Confira o áudio da coletiva dos ministros

Desde o início da Operação Rodovida, a taxa de mortes por milhão de veículos diminuiu 24,5%, apesar da frota de veículos ter aumentado 17,5%. As semanas de natal, ano novo de 2010 e carnaval de 2011 (período 2010/2011), último ano antes do início da Rodovida, registraram uma taxa de mortes por milhão de veículos de 13,5. Já na primeira edição, em 2011/2012, essa taxa reduziu para 10,6. Na edição seguinte, a taxa atingiu 10,2.

Fiscalização - A Polícia Rodoviária Federal prevê mais de 1.130 ações de fiscalização, nas quais serão utilizados 920 novos veículos e mais 130 radares móveis.Essas ações de fiscalização estarão voltadas para motociclistas, alta velocidade, ultrapassagem e consumo de bebida alcoólica.

Foram definidas parcerias com os Departamentos de Trânsito dos estados, Polícia Militar e órgãos de trânsito municipais.

O índice de gravidade, que classifica os trechos críticos, é baseado em estudos realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e PRF. O índice define pesos para os acidentes (acidente sem vítima: 1 ponto; acidente com vítima: 5 pontos; acidente com óbito: 25 pontos).Para o cálculo, multiplica-se o número de acidentes registrados no trecho pela pontuação de cada tipo. O somatório final é o índice de gravidade.

Radares eletrônicos – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) possui 1.745 equipamentos que operam em todo o país por meio do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV), dos quais 821 barreiras eletrônicas, 789 radares fixos e 135 controladores de avanço de sinal. Do total, 279 estão nos 100 trechos mais perigosos detectados pela PRF.

Ainda para o próximo ano está prevista a execução de serviços de sinalização rodoviária, serviços relacionados à área de engenharia de trânsito e instalação de dispositivos auxiliares de segurança viária em 17 dos 44 trechos sob administração do DNIT. As intervenções fazem parte do Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária (BR Legal), que também investirá em 2014, na implantação de sinalização turística. As vias de acesso às cidades sedes da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas 2016 receberão indicações especiais em inglês e espanhol, serviço que contemplará os polos geradores de turismo em todo o país. Além disso, cerca de dois mil pontos críticos de rodovias identificados pelas estatísticas de acidentes receberão sinalização ostensiva com pórticos em trechos urbanos e defensas metálicas em trechos com curvas mais acentuadas, o que aumentará a segurança para o tráfego.

Ações de conscientização – A nova campanha de trânsito para as festas de fim de ano, mostra o drama de quem acompanha uma vítima de acidente de trânsito. Sem figurantes, o jovem Thiago Labbate foi voluntário para acompanhar as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Rodoviária Federal no resgate de uma família que sofreu um acidente grave na rodovia MG 435 de Minas Gerais. A campanha chamada Resgate é primeira em que os ministérios das Cidades e Transportes utilizaram imagens reais, em formato documental para um vídeo executado fora dos padrões das produções publicitárias tradicionais. O acidente ocorreu devido à imprudência de um condutor que realizou a ultrapassagem em local indevido e ocasionou a colisão frontal com o carro da família. Thiago conta que ao chegar no local do acidente ficou emocionado ao tentar entender o acontecido. "A vida é muito frágil e precisamos cuidar dela a cada instante", disse Thiago Labbate. 

O Parada é uma ação lançada pelo Governo Federal para a redução de acidentes.  De 2011 a 2013, foram produzidas 23 campanhas com os temas: bebida e direção, motociclista, festa Junina, lei Seca, ultrapassagem Perigosa, pedestres, ciclistas, motoristas profissionais e transporte clandestino e segurança no trânsito.

Vida no Trânsito – O Ministério da Saúde desenvolve, em parceria com estados e municípios, o Projeto Vida no Trânsito. Uma das ações é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, é possível identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis, como os motociclistas, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. O projeto também prevê o financiamento de ações educativas em escolas, abordagem em bares e restaurantes, dentre outras. 

Lançado em 2010 nas cidades de Curitiba, Palmas, Campo Grande, Teresina e Belo Horizonte, o projeto já apresenta resultados positivos, considerando a razão de mortalidade por 10 mil veículos. A maior queda foi observada na capital mineira com redução de 22,2% (2,5/por 10 veículos em 2010 para 1,9 em 2011), seguida por Teresina, com 20% (de 8,1 para 6,5) e Palmas 19,2% (5,5 para 4,4). Com menor impacto, aparece Curitiba com queda de 4,4% e Campo grande com 2,8%.  Atualmente, o Vida no Trânsito está presente em todas as capitais, no Distrito Federal, além dos municípios de Guarulhos e Campinas (SP), São Gonçalo (RJ), São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu (PR).  No total, já foram liberados cerca de R$ 38 milhões para o projeto. 

Outra frente do Ministério da Saúde para reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce é o SAMU 192. O serviço está presente em 76% dos municípios que cortam os 100 pontos apontados pela PRF e funciona 24 horas por dia. A estrutura do SUS também conta com atendimento pode ser feito em 40 centros especializados em atendimentos de trauma, além de 30 hospitais que estão aptos para receber vítimas de acidentes de trânsito em municípios próximos dos trechos mais críticos das rodovias.

 

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