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Presídio feminino catarinense oferece emprego formal para 100 detentas

por publicado: 30/01/2018 16h37 última modificação: 30/01/2018 18h08
Projeto Mulheres Livres inicia ação no Estado com objetivo de reinserir presas na sociedade

Ministro Torquato Jardim cumprimenta Graziela Moretto, diretora da Ufo Way

Foto: Isaac Amorim/MJSP

Criciúma, 30/1/18 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, participou na manhã desta terça-feira (30) da inauguração da primeira penitenciária exclusivamente feminina de Santa Catarina. Ao entrar em operação, o presídio já vai contar com uma linha de produção da Ufo Way, confecção que fornece roupas para grandes marcas nacionais e internacionais, e empregará 100 detentas. 

“Santa Catarina uma vez mais participa do que há de mais moderno, mais atual e mais humano para o sistema penitenciário brasileiro. Mais do que aplicar a sanção, mais eficaz do que o sistema judiciário, é a esperança, e aqui é mais do que isso, é a certeza, da “re-vida”, da nova vida. Aqui não é um fim, aqui é uma transição, uma recuperação, aqui é a ressocialização. Aqui é o compromisso social de que presídio é a oportunidade de retorno responsável à vida útil em sociedade. Esse é o traço fundamental de uma sociedade que se pretende moderna”, elogiou o ministro. “Sanciona e reabsorve, essa é a essência do sentido de Justiça.” 

Leia entrevista com a diretora da Ufo Way Confecções, Graziela Moretto

Veja como funciona o projeto Mulheres Livres

Paraná é o primeiro estado a adotar projeto Mulheres Livres

Santa Catarina assina convênio do projeto Mulheres Livres

A penitenciária de Criciúma inaugura o funcionamento do projeto Mulheres Livres em Santa Catarina. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, esse projeto busca a reinserção de apenadas oferecendo, em parceria com a iniciativa privada, educação profissionalizante, emprego e assistência jurídica dentro das cadeias. Um piloto da ação está sendo feito no Paraná desde dezembro — com taxa de emprego de uma detenta por dia desde seu início. O convênio que levou a iniciativa à Santa Catarina foi assinado na última sexta-feira. 

Em Criciúma, a penitenciária tem capacidade para 286 detentas e custou R$ 20 milhões ao governo catarinense. O projeto do lugar seguiu 100% das recomendações do Conselho Nacional de Justiça. Há berçário, salas de aula e oficinas. As presas poderão concluir os ensinos fundamental e médio. Além de trabalhar na planta a ser montada dentro do presídio pela Ufo Way. 

O vice-governador Eduardo Pinho Moreira lembrou que os investimentos no sistema prisional foram orientados como prioridade política. “Talvez as pessoas não tenham prestado atenção numa decisão do governo do estado de Santa Catarina: nós geramos mais de sete mil vagas no sistema prisional em novas construções. Foram mais de 300 milhões de reais que o Governo do Estado investiu nesse sistema vital para o equilíbrio social, para a tranquilidade das pessoas”, disse. “O que nós vimos aqui foi a assinatura de um termo em que a empresa já começa gerando 100 empregos, porque a ressocialização aqui vai se dar através do trabalho, através da valorização e da dignidade”, completou. 

Ao discursar na cerimônia de inauguração, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, relatou a própria experiência de emprego a detentos. “Nós já usamos a mão de obra de 32 apenados e também para oito mulheres apenadas. O que mais vale é uma palavra muito falada para todos: a ressocialização. Oitenta e três por cento desses que trabalham conosco na Prefeitura cumprem pena porque tem uma relação direta ou indireta com as drogas, na verdade não é só a pena que ele cumpre, mas o desmonte da família brasileira. Então é muito significativo poder dar a essas mulheres apenadas a oportunidade de um novo começo.”

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