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Proposta do governo brasileiro de perseguição policial nos países do Mercosul é aprovada em encontro no Uruguai

por publicado: 12/11/2018 10h10 última modificação: 14/11/2018 11h48
Documento foi apresentado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante a 42ª Reunião de Ministros de Interior e Segurança do Mercosul e estados associados

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Brasília ,12/11/2018 - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, participou, nesta sexta-feira (9), da 42ª Reunião de Ministros de Interior e Segurança do Mercosul e estados associados. O evento ocorreu na cidade de Montevidéu, no Uruguai.

Na ocasião, os ministros aprovaram a proposta apresentada pelo governo brasileiro de acordo de cooperação policial nas fronteiras que permitirá, entre outros pontos, a continuação da perseguição policial mesmo após o ingresso em território de outro país. A chamada perseguição transfronteiriça é uma conquista inédita com o objetivo de fortalecer a cooperação entre as polícias e diminuir a sensação de impunidade e fragilidade das fronteiras.

“O Brasil teve aprovada pelos ministros de Segurança e Justiça do Mercosul, a sua tese de que nós poderemos perseguir criminosos do Brasil nos países do Mercosul, e vice-versa. Isso quer dizer que não vamos dar quartel ao crime organizado, às facções, aos bandidos que causam preocupação e, sobretudo, violência no Brasil, estejam eles no nosso território ou nesses países”, afirmou Raul Jungmann.

Durante o discurso, o ministro da Segurança Pública salientou a importância de se incrementar uma política de cooperação e assistência mútua entre as polícias fronteiriças no combate ao crime organizado e sua internacionalização. “A cooperação e integração entre os países se impõe como algo prioritário. Temos que avançar em nossa integração sem a qual não vamos conseguir combater o crime organizado. Por isso fazemos essa proposta de acordo. O crescimento das facções criminosas, sua internacionalização, amplitude e movimentação de recursos de um país a outro é uma ameaça à democracia e à soberania nacional. Por isso, a importância de unirmos forças no intuito de atuar de forma conjunta e coordenada para combater o crime organizado”, destacou Raul Jungmann.

O projeto do governo brasileiro foi elogiado pelos representantes dos demais países, entre eles, a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, que parabenizou a iniciativa. Na oportunidade, ela focou também na importância de se ampliar essa atuação. “Em muitas ocasiões nós temos organizações criminosas que trabalham de um lado e de outro da fronteira, e isso nos gera insegurança. Além da perseguição, é preciso discutir a utilização das provas obtidas pela autoridade do outro país”, pontuou.

Próximos passos

A partir dessa sinalização positiva, a Comissão Técnica do Conselho de Ministros de interior e segurança do Mercosul e estados associados vai trabalhar na elaboração de um projeto com base nas diretrizes acordadas pelos participantes da 42ª Reunião, tendo como foco as propostas apresentadas pelo ministro da Segurança Pública do Brasil. O documento será apresentado na próxima reunião do Conselho, que será realizada na Argentina, em 2019, a fim de que o acordo de cooperação seja formalizado e iniciado.

“Tenho certeza que hoje demos início a uma grande vitória diplomática da segurança, do combate à violência e, sobretudo, da repressão ao crime organizado e às facções criminosas”, finalizou o ministro Raul Jungmann.

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