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Cerca de 15% dos presos no país exercem algum tipo de trabalho

por publicado: 27/07/2018 12h16 última modificação: 27/07/2018 12h16
Ministro da Segurança Pública participou da 2ª Mostra Laboral do Sistema Prisional Brasileiro

Brasília, 27/7/18 – O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, participou nesta quinta-feira (26/7) da 2ª Mostra Laboral do Sistema Prisional Brasileiro, em Florianópolis/SC. A exposição apresentou trabalhos realizados por pessoas privadas de liberdade de todo o país. O evento começou na terça-feira (24) com o lançamento do 2º Ciclo do Selo Resgata.

Saiba mais:

Empresas que contratam presos e egressos já podem se inscrever no 2º ciclo do Selo Resgata.

Jungmann falou sobre o decreto que institui a Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional. “Precisamos de envolvimento nessa política de emprego para presos e egressos porque o sistema prisional precisa ser funcional. Aproximadamente 15% dos apenados fazem alguma atividade laboral. Temos que crescer esse percentual”, ressaltou.

Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o Brasil tem 3ª maior população carcerária do mundo, crescendo 8,3% ao ano. Nessa velocidade, em 2025, pode ter quase 1,5 milhão de pessoas privadas de liberdade. “O sistema prisional brasileiro é quase todo dominado por facções criminosas. Quando prendemos um jovem por um crime de baixo impacto, por exemplo, e que muitas vezes não tem antecedentes criminais, ele terá que fazer um juramento a uma facção e acaba se tornando um escravo daquela organização criminosa”, disse o ministro da Segurança Pública.

“Temos que melhorar as condições do sistema penitenciário, valorizar os que fazem o sistema. Temos que de fato ter um sistema que ressocialize e reeduque e não seja meramente o home office do crime organizado”.

Durante sua participação, Jungmman lembrou do histórico da segurança pública do Brasil. “Nós vivemos na segurança pública um federalismo acéfalo. A União nunca deu rumo ao tema no país”, afirmou. De acordo com o ministro, de todos os sistemas sociais no Brasil o que menos produz informações confiáveis é a segurança pública. “Nós não temos estatísticas confiáveis”, afirmou.

Agora com o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) isso deve mudar. “A partir de agora o Brasil passará a ter um federalismo compartilhado. União, estados e municípios atuarão juntos por lei. É preciso integrar operação, inteligência e informação. Além disso, teremos metas, indicadores e formas de avaliação que nunca tivemos antes”, disse Jungmann.