Você está aqui: Página Inicial > noticias segurança > Além das perdas econômicas, comércio ilegal gera recursos para financiar outras atividades criminosas, afirma Jungmann

Destaque

Além das perdas econômicas, comércio ilegal gera recursos para financiar outras atividades criminosas, afirma Jungmann

por publicado: 28/08/2018 00h00 última modificação: 29/08/2018 11h54
Ministro da Segurança Pública defendeu fortalecimento da atuação conjunta entre países no combate ao crime organizado
Foto: Hugo Schaly

Foto: Hugo Schaly

Foto: Hugo Schaly

Brasília, 28/08/2018 – O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta terça-feira (28) que é necessário ampliar as ferramentas de combate ao comércio ilegal, atividade criminosa que gera perdas estimadas em R$ 130 bilhões para a economia. O ministro participou do IV Encontro da Aliança Latino-americana Anticontrabando (Alac).

“São R$ 130 bilhões de perdas dos setores e mais o que deixa de ser arrecadado pela Receita Federal, o que é extremamente grave. Além do fato de que esses lucros servem de capital de giro para outras atividades criminosas já que o crime organizado gera excedentes”, afirmou Jungmann.

Durante fala aos participantes do evento, o ministro destacou as ações que estão sendo feitas para a implantação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e a cooperação com os países vizinhos no combate aos crimes transnacionais.

Uma das iniciativas apresentadas por Jungmann é o fortalecimento da Ameripol, comunidade das polícias das américas que, por iniciativa do governo brasileiro, passará por uma reformulação em seu estatuto, de forma a ganhar personalidade jurídica internacional. A ideia é seguir o modelo de atuação da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e da Europol (Serviço Europeu de Polícia).

“Há necessidade para que se venha a refundar a Ameripol, com carta de plenos poderes concedido pelas nações para que ela possa, de fato, ter personalidade jurídica e efetividade sob o ponto de vista internacional. Dessa forma, nossas polícias poderão congregar suas atividades de inteligência, operação, troca de dados e logística, por exemplo”, afirmou Jungmann.

O empenho do governo brasileiro em institucionalizar a Ameripol recebeu da Europol menção com louvor diante dos esforços para fortalecer a atuação conjunta. A secretaria executiva da Ameripol será exercida pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

Além disso, o ministro Raul Jungmann destacou a importância de uma iniciativa sul-americana que envolva, além de questões relacionadas a integração entre as polícias, convergência de legislações no combate ao crime organizado. 

“Não há como confrontar, no espaço nacional algo que se dá no espaço internacional. É preciso criar institucionalidades, não temos outra saída”, ressaltou.