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Campanha mira presídios do país para acabar com a tuberculose

por publicado: 19/12/2017 13h54 última modificação: 19/12/2017 16h24
Parceria entre Departamento Penitenciário Federal e Fundação Oswado Cruz levará informação e tratamento a todas as unidades prisionais do país além de familiares dos presos e profissionais

Tuberculose

Brasília, 19/12/17 -  O Ministério da Justiça repassou R$ 27,5 milhões à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para execução de campanha educativa e de saúde voltada para o combate e a prevenção da tuberculose em todas as unidades prisionais do país. As ações estão previstas para início no segundo semestre de 2018.

O público-alvo da campanha vai além das pessoas que estão presas. É também direcionada aos familiares e todos os profissionais e parceiros da sociedade civil que trabalham diariamente nas unidades prisionais. Os recursos serão usados para ampliar, qualificar e apoiar o conhecimento sobre tuberculose e suas formas de contágio, diagnóstico e tratamento.

A coordenadora-geral de promoção da cidadania do Departamento Penitenciário Nacional (Depen/MJSP), Mara Fregapani Barreto, explica que a tuberculose, atualmente, representa um grande problema de saúde pública. Segundo ela, por ser uma doença de transmissão aérea, torna-se mais potente a infecção no ambiente prisional. “Celas mal ventiladas, iluminação reduzida, dificuldade de acesso aos serviços de saúde são alguns fatores que contribuem para o elevado número de tuberculose no sistema prisional”, diz a coordenadora da área.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 6.384 pessoas privadas de liberdade adoeceram de tuberculose em 2016. Esse número representa 9,2% do total de infectados pela doença em todo país. A taxa de contágio foi de 897 para cada 100 mil habitantes dentro do sistema prisional brasileiro. Na população em geral, esse número é de cerca de 36 para 100 mil. Por ano, cerca 4,5 mil pessoas vão a óbito devido a esse mal.  

A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Após 15 dias de início do tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

Pelo fim da tuberculose

A campanha realizada pelo Depen em parceria com a Fiocruz é uma ação do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Em 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou estratégia global para enfrentamento da tuberculose com objetivo de eliminá-la até 2035. O Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo e, desde 2003, a doença é considerada como prioritária na agenda política do Ministério da Saúde.

A meta estipulada pelo Brasil no programa da OMS é chegar a menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Para isso, é necessário o envolvimento das Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, meio acadêmico e sociedade civil organizada.


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